Parasita é um filme lançado recentemente, em 2019, dirigido pelo aclamado diretor Bong Joon-ho, recebeu diversos prêmios, afirma Rafael Libman, amante da sétima arte e cinéfilo assíduo. O filme fez enorme sucesso ao redor do mundo e consagrou de vez o cineastas Bong Joon-ho, exibindo toda sua maestria e expertise depositados neste longa.
A narrativa retrata temas importantes que permeiam a sociedade como um todo, como a desigualdade social, a pobreza e a miséria, a ambição, as razões pelas quais um ser humano toma certas decisões, exibe de forma imparcial os motivos e desenlaces que são feitos ao longo do enredo.
Como dito anteriormente, o filme fez um enorme sucesso por telas espalhadas ao redor do mundo, estima-se que, em média, o longa obteve uma arrecadação de mais de 90 milhões de dólares. Essa conjectura poderia se basear em valores maiores se não fossem as plataformas piratas onde milhares de pessoas assistiram o filme, salienta Rafael Libman, sendo assim, o valor dessa arrecadação seria mais alto.
A narrativa perpassa a vida de uma família muito pobre. Eles vivem em uma casa que é uma espécie de porão, pois encontra-se abaixo do nível da rua. Ao longo da narrativa é apresentada outra família, a qual vive uma realidade totalmente diferente, dispostos de carros luxuosos e muito dinheiro, a abastada família e a pobre família intersectam-se em um dado momento, em que a família carente trabalha para a família endinheirada:
Acontece que, inicialmente, a família rica precisa de uma professora de arte para o filho mais novo, a filha vai, posteriormente, necessita de um professor para a filha mais velha, dessa vez o filho assume o posto. Continuamente, precisam de uma empregada, a mãe dessa vez e por fim, um motorista, obviamente o pai. Todos esses cargos ocorrem de forma um tanto quanto planejada, secreta e desonesta, salienta Rafael Libman.
Vale ressaltar que a família rica não tinha ciência de que todos que trabalhavam em sua casa eram da mesma família, fato que, posteriormente, trará diversos conflitos à trama. O suspense sul-coreano, conta com doses de humor e tem um enredo fechado muito bem elaborado. Em um dado momento, uma chuva torrencial, muito forte, atinge a cidade, enquanto a mãe da família rica agradece a chuva para o alívio do calor e abafamento na cidade, o motorista da família dirigindo o carro, pensa em como a chuva acabou com a casa em que vive, visto que moram em uma espécie de porão.
Esse e outros eventos fazem da trama um relato da sociedade em que vivemos, relata Rafael Libman. É o exemplo claro e escancarado do retrato da desigualdade social e todos os problemas que ela implica. O filme possui tons frios e expõe imagens, por vezes, difíceis de serem digeridas.