A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está próxima de oficializar Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira, marcando um capítulo histórico para o futebol nacional. Após meses de negociações, o treinador italiano, que se despede do Real Madrid, aceitou o desafio de liderar a Amarelinha rumo à Copa do Mundo de 2026. Representantes da CBF viajaram a Madri para acertar detalhes contratuais, e o acordo está em fase final, segundo fontes próximas à entidade. A derrota do Real Madrid para o Barcelona na final da Copa do Rei acelerou as tratativas, com Ancelotti sinalizando entusiasmo pelo projeto. A CBF mantém cautela, mas a expectativa é de anúncio nas próximas semanas.
Ancelotti, de 65 anos, é um dos técnicos mais vitoriosos do futebol mundial, com três títulos da Champions League pelo Real Madrid e passagens marcantes por Milan, Chelsea e Bayern de Munique. Sua escolha reflete o desejo da CBF por um comandante experiente para recuperar o prestígio da Seleção, abalado após a goleada por 4 a 1 para a Argentina nas Eliminatórias. A demissão de Dorival Júnior, em março de 2025, abriu espaço para a investida no italiano, que superou Jorge Jesus nas preferências da entidade. A CBF enxerga Ancelotti como peça-chave para unir o elenco e implementar um estilo de jogo competitivo.
As negociações com Ancelotti ganharam força após a eliminação do Real Madrid na Champions League para o Arsenal, em abril, e a perda da Copa do Rei. A CBF enviou o empresário Diego Fernandes, não filiado à entidade, mas com laços no futebol brasileiro, para acompanhar jogos do Real e dialogar com o treinador. Apesar de Ancelotti negar contatos oficiais em coletivas, fontes confirmam reuniões discretas com Fernandes em Madri. A entidade planeja tê-lo no comando já na Data Fifa de junho, para os jogos contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias. A pressa se justifica pela necessidade de iniciar o ciclo de preparação para 2026.
O contrato em discussão prevê vínculo até a Copa do Mundo de 2030, embora o estafe de Ancelotti prefira um acordo mais curto, até 2026. Detalhes como salário, bonificações por metas e composição da comissão técnica estão sendo definidos. A CBF já debate nomes para a equipe técnica, com destaque para Davide Ancelotti, filho do treinador, que pode adiar planos de carreira solo para auxiliar na Seleção. A entidade também conta com o apoio de jogadores como Neymar, que, nos bastidores, endossa a chegada do italiano, segundo informações da imprensa esportiva.
A saída de Ancelotti do Real Madrid parece iminente, com Xabi Alonso, atual técnico do Bayer Leverkusen, cotado como substituto. O presidente do Real, Florentino Pérez, ainda não oficializou a decisão, mas a pressão por resultados e a falta de títulos na temporada 2024/25 enfraquecem a posição do italiano. A CBF monitora de perto os desdobramentos, especialmente após o clássico contra o Barcelona, que pode selar o fim do ciclo de Ancelotti no clube. A entidade evita conflitos públicos com o Real, mantendo as negociações em sigilo.
A chegada de Ancelotti é vista como um trunfo para a Seleção Brasileira, que ocupa a quarta colocação nas Eliminatórias e enfrenta críticas pela irregularidade. O técnico italiano é elogiado por sua capacidade de gerir elencos estelares e adaptar estratégias táticas, qualidades essenciais para lidar com talentos como Vinicius Jr. e Rodrygo, já habituados ao seu comando no Real. A CBF aposta que sua experiência trará estabilidade e competitividade, resgatando a confiança da torcida. O treinador, por sua vez, vê na Seleção um desafio inédito em sua carreira.
A torcida brasileira acompanha com expectativa as movimentações, alimentada por relatos de veículos como o New York Times, que cravou a contratação. Posts em redes sociais, como os do perfil @futebol_info, reforçam o otimismo da CBF, embora a entidade negue oficialmente o envio de representantes a Madri. A discrição nas tratativas reflete o trauma de 2023, quando a renovação de Ancelotti com o Real frustrou planos da CBF. Agora, com um cenário mais favorável, a entidade trabalha para evitar novos tropeços e garantir o treinador.
Se confirmado, Ancelotti assumirá a Seleção em um momento crucial, com jogos decisivos nas Eliminatórias e a Copa América de 2026 no horizonte. Sua estreia pode ocorrer na convocação de maio, com a lista de jogadores enviada à Fifa antes da definição final do contrato. A CBF planeja uma transição suave, possivelmente com um interino até a chegada do italiano. A contratação de Ancelotti representa um marco para o futebol brasileiro, unindo tradição e inovação em busca do hexacampeonato mundial.
Autor: Frederici Levi