Vivemos em uma sociedade onde os caminhões são fundamentais, mas essa história não começa daqui. Fernando Siqueira Carvalho conta que entre 1970 e 1975, por exemplo, o volume de carga transportada pelo Brasil quase dobrou, chegando a 204,8 bilhões de toneladas. Ou seja, havia cada vez mais espaço para o crescimento do setor e da indústria.
As maiores fabricantes de caminhões da época eram a Fiat, Ford, General Motors, fabricante dos caminhões Chevrolet, Mercedes-Benz e Scania. Após muitos modelos com motor V8 e potência de 184cv, algumas empresas fecharam a porta e uma comprou a outra, como aconteceu com a Volkswagen, mas entregaram quase 6 mil veículos antes.
Fernando Siqueira Carvalho diz que as montadoras de caminhões movimentavam muitas empresas do setor automotivo e toda a cadeia de auto partes para supri-las, como o segmento de pneus novos e reformados, combustíveis, lubrificantes, peças e serviços em geral. Isso só aumentou quando, no final dos anos 60, quase todas as capitais brasileiras estavam ligadas por estradas federais.
A entrada de novos fabricantes de caminhões no País voltou a ganhar impulso em 1979, com a chegada da Volvo. Os modelos da marca que rodavam no País haviam sido importados entre os anos 30 e 60. Coincidentemente, em janeiro de 1979, a Volkswagen também havia entrado no segmento de veículos pesados após ter adquirido – através de sua matriz na Alemanha, a Volkswagenwerk AG – 67% da Chrysler Corporation do Brasil Ltda., empresa que produzia os caminhões com motor a diesel e propulsor a gasolina.
Fernando Siqueira Carvalho conta que os primeiros caminhões produzidos pela Volkswagen, no início dos anos 80, já traziam o conceito da cabine avançada. Isso permitia um espaço maior para as cargas. Além de ser o primeiro país do mundo a produzir os caminhos da marca. A partir dos anos 2000, a economia em crescimento começou a atrair novos fabricantes do setor, como Iveco, DAF, Sinotruk e Shacman.